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ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA


AUDIO=PORTUGUES
EXTENSAO=RMVB
FORMATO=DVDrip
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Um aviso de utilidade pública: este é o filme mais forte, pesado e tenso que eu já assisti, ou seja, significa que não é pra qualquer um, devido à sua repugnância estomacal e emocional. Outra coisa: angústia, agonia, desespero, medo e outros adjetivos que não me vem à cabeça neste momento estão presentes durante todo o filme.

Agora podemos começar a tratar desta obra inigualável do cinema mundial, o que desde agora saliento que não me sinto muito à vontade para falar sobre ela, diante de sua magnitude emocional.

Primeiro, vamos falar um pouco do roteiro, que foi baseado na obra homônima do escritor português Jose Saramago, vencedora do Nobel da Literatura e adaptada para o cinema por Don Mckellar, que também interpreta o ladrão de carro do filme. A trama diz respeito a uma epidemia de cegueira branca que começa a assolar a população. Pouco a pouco muitos começam a deixar de enxergar e viver sob uma sombra branca visual, conforme diagnosticam os próprios infectados, momento algum representados por seus nomes. Após isso, o governo decide isolar tais pessoas em um sanatório abandonado para não contagiar os demais cidadãos. Entre eles a mulher do Oftalmologista que tratou do primeiro caso surgido, interpretada por Julianne Moore, é a única que consegue enxergar e que se mantém no local com os demais cegos. Daí em diante começa o ensaio sobre a loucura e não mais sobre a cegueira. Os passos que o roteiro segue, dito pelos leitores do romancista português ser muito fiel ao livro, são simplesmente sensacionais e arrebatadores, mexendo com todos os adjetivos que eu especifiquei no início da crítica.

Fernando Meirelles mostra neste trabalho, que ele próprio considera como estritamente pessoal, porque é um dos melhores diretores do cinema mundial. Com sua câmera capta a estória de forma precisa, perfeita, sutil e artisticamente “infilmável”. Detalhes fazem a diferença no seu trabalho, tais como as cenas mal focadas e distorcidas, presentes durante boa parte do filme. Assim como grande diretores da história, mantém a trama focada e muito bem filmada durante todo o tempo, sem falhas. Se você se emocionar, de tristeza, angústia ou até mesmo alegria (dificilmente) umas cinco vezes durante as duas horas de filme não se preocupe, acredito que seja normal, pelo menos para mim foi. Se o próprio Saramago chorou ao ver o filme quem somos nós para não sentirmos o mesmo. Afirmo, com certeza, que jamais nenhum filme mexeu tanto com meus sentimentos como este, o que o eleva a um patamar marcante para minha pessoa.

Acompanhando os aspectos técnicos, a trilha sonora é perturbante, o que, na minha opinião, dá “o algo mais” da obra, passando aos espectadores todos os sentimentos desejados, creio eu, pelo roteirista e pelo próprio Meirelles. Totalmente alucinógena ou até mesmo paranóica, essa pode ser a definição dos sons que presenteiam o público com sua tensão jamais vista.

As atuações não poderiam ser de escalão inferior, encabeçadas por Julianne Moore, o que, talvez, seja uma das melhores atuações femininas dos últimos anos. Além da atriz norte-americana, Mark Ruffalo, Danny Glover, Alice Braga e Gael Garcia Bernal incorporam a situação de cegos e brilham em suas interpretações.

Não há como falar muito desse filme, eis que certas coisas são extremamente difíceis de transcrever. Mas uma coisa é certa: eu, como um adorador da arte cinematográfica, espero a cada dia por um trabalho como este, que nos surpreenda sem precedentes. E é aí que eu peço uma grande salva de palmas ao nosso compatriota Fernando Meirelles.

Totalmente indispensável, todos devem assistir a essa obra-prima, composta da mais pura genialidade, que é um dos melhores filmes não só do ano e da década, mas de toda a longa história da filmografia mundial. Extremamente complexo, está aberto a inúmeros debates sociológicos. Lembre-se do que disse no início: pesado e forte são as melhores e mais simples descrições do filme, ficando ao seu interesse vê-lo e adorá-lo ou detestá-lo, ou até mesmo repudiá-lo.

Ensaio sobre a Cegueira é também um ensaio sobre a loucura!

Avaliação: 10

 
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